Tu és Trindade

«Ó Deus tão alto, e tão excelente,
Tão poderoso, tão omnipotente,
Tão misericordioso e tão justo,
Tão oculto e tão presente,
Tão formoso e tão forte,
Estável e incompreensível,
Imutável e tudo mudando,
Nunca novo e nunca antigo,
Inovando tudo e cavando a ruína dos soberbos,
Sem que eles o advirtam;
Sempre em acção e sempre em repouso;
Granjeando sem precisão;
Conduzindo, enchendo e protegendo;
Criando, nutrindo e aperfeiçoando,
Buscando, ainda que nada te falte.
Amas sem paixão,
Ardes sem zelos sem desassossego,
Arrependes-te sem acto doloroso,
Iras-te e estás calmo,
Mudas as obras mas não mudas as resoluções;
Recebes o que encontras,
Sem nunca o ter perdido.
Nunca estás pobre e alegras-te com os lucros;
Jamais avaro e exiges com usura;
Damos-te mais do que pedes,
Para que sejas nosso devedor;
Mas quem é que possui coisa alguma que não seja tua?
Pagas as dívidas, a ninguém devendo;
Perdoas as dívidas sem nada perder.

Que dizemos nós, meu Deus,
Minha vida, minha santa delícia?
Que pode dizer alguém ao falar de ti?»

Tu és Trindade

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