O sonho de ambas era irradiar beleza, perfume, tornar alguém feliz.
Falavam entre si dos seus desejos.
Um dia, uma das roseiras ficou calada por muito tempo e com um ar de quem estava triste. A outra perguntou-lhe:
- Que se passa contigo, que hoje nem pareces a mesma?
A roseira respondeu:
- Estou muito preocupada porque, desejando tanto dar o que tenho de melhor aos outros, à minha volta sobrevoa um abelhardo, que só fabrica veneno; aos meus pés rasteja a cobra que só mete medo às pessoas. Não quero viver mais neste jardim. Vou murchar e deixar de existir...
A outra roseira disse-lhe:
- Não sejas tonta. Deixa que os maus façam o mal. Nós não podemos deixar de oferecer cor, perfume, alegria aos que se aproximam de nós. Temos de conseguir que o bem seja mais forte que o mal, na certeza que o bem terá a ultima palavra.
Vemos à nossa volta o mal, que se concretiza sobretudo num grande egoísmo.
As pessoas interessam-se apenas com o seu sucesso, o seu poder, o seu dinheiro. É o veneno do egoísmo.
Somos convidados neste dia, a ser como as roseiras: irradiar o bom odor de Cristo. Este «bom odor» concretiza-se numa vida de solidariedade, de ajuda mútua, de compromisso...
Pedrosa Ferreira
Bons dias
Ed. Salesianas







Mas o choro desta mulher, conhecida como «pecadora», indica que a nossa afectividade está magoada. A palavra «pecado» significa «errar o alvo». O alvo da nossa afectividade é o desejo de amar e ser amado que todo ser humano traz dentro de si. Mas nessa experiência de amar e ser amado todos nós já magoamos alguém ou fomos magoados por alguém. Todos nós já cometemos erros em lidar com a nossa afectividade. A agravante é que o mundo nos convida a reduzir os nossos afectos a sensações momentâneas de prazer: o importante é ter sensações, experimentar emoções intensas agora, não importando com quem e de que maneira. Depois que essas sensações e emoções passam – e elas sempre passam – sentimo-nos vazios, ao invés de nos sentir como quem amou de verdade e foi amado de verdade por alguém.
