Certamente já passaste pela experiência de ter que esperar. Isso pode-se ter dado numa fila de autocarro ou na escola, num posto médico, num consultório do dentista, numa caixa de supermercado, num congestionamento de transito… Esperar é uma experiência desagradável, porque normalmente consideramos o tempo da espera como um tempo perdido. Ficamos irritados com a demora porque poderíamos ocupar aquele tempo para fazer uma imensidade de outras coisas. Como estamos sempre a correr e somos pessoas tão ocupadas, não temos tempo para esperar. Na verdade, detestamos ter que esperar.
A atitude da espera está ligada à virtude da esperança. Isaías, o profeta da esperança, convida-nos, neste tempo de advento, a permitir que a esperança se mova dentro de nós e inicie um movimento na nossa vida em direcção ao Senhor: «Vamos subir ao monte do Senhor... para que Ele nos mostre os seus caminhos e nos ensine a cumprir os seus preceitos» (Is 2,3). Na medida em que nos (re)colocamos no caminho do Senhor, alguma coisa começa a mover-se em nós, uma transformação começa a acontecer: «(...) estes transformarão suas espadas em arados e suas lanças em foices: não pegarão em armas uns contra os outros e não mais travarão combate» (Is 2,4). Espadas e lanças, armas de guerra, transformadas em arados e foices, instrumentos de produção de alimento, sinónimo de geração de vida. É uma bela imagem diante da qual podemos rezar a nossa vida, tão marcada pela agressividade, pela intolerância, tão ameaçada pela violência urbana e rezar também a vida do nosso mundo. «Vinde, (...) deixemo-nos guiar pela luz do Senhor» (Is 2,5). Neste tempo de preparação para o Natal, vemos luzes pisca-pisca em praticamente todos os lugares. As pessoas, para não dizer nós, que enfeitam as suas casas e as suas lojas com essas luzes, será que também estão a deixar-se guiar pela luz do Senhor?
VIGIAI
14:28 |
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