AVE, MARIS STELLA


São dois símbolos que se atribuem a Maria como seu título pessoal nas ladainhas: as estrelas no céu e as flores na terra. Maria é, ao mesmo tempo, Rosa Mística e Estrela da Manhã.
Destes dois títulos, embora ambos lhe sejam apropriados, «Estrela da Manhã» é o que melhor lhe condiz. Por três motivos:
Primeiro: a rosa está nesta terra, ao passo que as estrelas estão no céu. Agora, Maria já não está em nenhum lugar deste mundo. As estrelas não são atingidas por nenhuma mudança, nem pela fúria do fogo nem por nenhuma tempestade; estão sempre presentes, sempre brilhantes e maravilhosas em todas as regiões do globo e são vistas por todos os povos de todas as nações.
Segundo: a rosa tem apenas uma vida efémera; Maria, pelo contrário, como as estrelas, resiste para sempre: é tão luminosa hoje como era no dia da sua assunção, e será tão pura e perfeita quando o seu Filho vier para o Juízo Final, como o é hoje.
Terceiro: é prerrogativa da Virgem Maria ser a «Estrela da Manhã», quer dizer, a estrela que anuncia o Sol. Maria não brilha como luz própria, por si mesma; essa luz reflecte o seu e nosso Redentor e a Ele dá glória. Quando esta «estrela» surge por entre as trevas, conhecemos que Ele está a chegar. Ele é o Alfa e o Ómega, o Primeiro e o Último, o Princípio e o Fim. Eis que Ele vem dentro em breve e consigo traz o prémio, para dar a cada um segundo as suas obras: «Sim. Virei brevemente. Ámen. Vem, Senhor Jesus!» (Ap 22, 20).

In, Um mês com Maria e o Cardeal Newman, Paulinas 2004

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