Numa sala de aula um aluno levantou-se repentinamente e perguntou à professora:
- Professora, o que é o amor?
A professora sentiu que o aluno merecia uma resposta imediata à questão, mas como estava na hora do recreio, pediu a quatro alunos que dessem uma volta e trouxessem o que mais neles despertasse o sentimento de amor.
Ao voltarem para a sala de aula, disse a professora:
- Quero que cada um mostre o que trouxe consigo.
O primeiro aluno apresentou-se:
- Eu trouxe esta flor; ela é linda como o amor.
O segundo levantou a voz:
- Eu trouxe esta borboleta, com as asas cheias de cores, ricas de encanto como o amor.
O terceiro completou:
- Eu trouxe este passarinho que caiu do ninho. É terno como o amor.
O quarto aluno permaneceu em silêncio, vermelho de vergonha, por não ter trazido nada.
A professora dirigiu-se a ele e perguntou:
- Então querido, não trouxeste nada?
Ele respondeu timidamente:
- Professora, eu vi a flor e senti o seu perfume; pensei em arrancá-la, mas preferi deixá-la na roseira, para que outros sentissem o seu perfume. Vi também a borboleta, leve e colorida; ela parecia ser feliz, livre para voar. Não tive coragem de aprisioná-la, roubando-lhe a liberdade. Vi, ainda, o passarinho, caído entre as folhas; mas, ao subir à árvore, reparei no olhar triste da sua mãe e resolvi devolvê-lo ao ninho. Portanto, professora, trago comigo o perfume da flor, a liberdade da borboleta e a gratidão que senti nos olhos da mãe do passarinho. Como posso mostrar aquilo que não vemos?
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